Se o tema aqui é dor, não podemos esquecer aquela que vem minando a qualidade de vida de pacientes que tiveram a doença mais temida dos últimos tempos, a Covid-19. Surge então a “Dor pós Covid”, uma das muitas complicações que a doença traz, mesmo em pacientes recuperados.
Os impactos após a doença persistem principalmente em pacientes graves, aqueles que precisaram, em algum momento, de internação, suscetível a um bloqueio neuromuscular. Períodos prolongados de imobilização, sedação e ventilação mecânica, além das medicações, fazem com que o paciente apresente uma síndrome de fraqueza motora que evolui para o quadro de dores articulares eatrofia muscular. Temos ainda a pronação, onde o paciente fica deitado, de bruços, por longos períodos. Isso pode ocasionar lesões e pequenos danos nos tecidos, levando às dores. Importante tratar essa dor aguda desde o início. E muitos profissionais já apresentam essa preocupação.
Porém, não somente nestes casos mais graves as dores surgem. O paciente, mesmo com um quadro leve, pode ter uma reabilitação longa e difícil.
Estudos revelaram que muitos pacientes recuperados da doença se queixam de dores de cabeça, no corpo, musculares… dores que persistem por 3 meses ou mais. A chamada “dor crônica”.
Na pesquisa, um grupo de 120 pessoas foi avaliado. Das sequelas observadas pós Covid, cerca de 20% dos recuperados apresentaram quadros de dores crônicas.
Essa sequela, após a alta hospitalar, traz um impacto negativo ao paciente. Por isso, tão importante é o acompanhamento após a recuperação da doença. A preocupação é para uma reabilitação completa, física e mental, de forma a restabelecer a qualidade de vida destes pacientes.
Estudos agora se aprofundam em como tratar essa síndrome pós Covid que ainda assola o mundo. Dores novas e intensas, que merecem toda a nossa atenção.
Cuide-se!