Uma dor diferente. Constante, insistente e intensa. Assim é a dor crônica. Diferente de todas as outras, ela deixa o paciente incapacitado em diversas áreas. A rotina, tarefas cotidianas, ações do dia a dia que antes eram simples e rápidas, se transformam em difíceis e longas – as vezes, impossíveis. O sono muda; as atividades no trabalho, lazer, em família… tudo se transforma. E claro, o emocional deste paciente também sofre alterações severas. E é para este ponto que precisamos olhar com atenção.
Pensamentos negativos, depressão, ansiedade, baixa auto estima… todo o sistema psicológico é abalado.
Aqui entra então a terapia cognitivo-comportamental, que atua diretamente nos componentes emocionais e comportamentais da dor. Afinal o clássico “mente sã, corpo são” faz muito sentido. Não significa que a dor crônica seja totalmente banida da vida deste paciente, mas sim, uma melhora significativa surge quando “a emoção vai bem, obrigada.” A dor pode ser potencializada ou minimizada mediante às emoções.
O tratamento, basicamente, consiste em modificar as crenças, atitudes, valores e comportamentos.
Estudos mostram que pensamentos negativos aumentam os níveis de dor do paciente, e consequentemente os quadros de depressão e ansiedade. É um ciclo – mas que pode ter fim.
No tratamento psicoterapêutico, o paciente é encorajado a enfrentar a dor consciente de que pode mudar sua intensidade, identificando os pensamentos e eventos estressantes associados a ela.
Dentre as crenças para manejo desta dor, temos a autoeficácia, uma convicção pessoal de que se pode executar determinada tarefa com sucesso, obtendo resultados desejáveis. Indivíduos que acreditam nisso reagem e toleram melhor às crises de dor.