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maio 26, 2021 Geral0

Você já ouviu falar em Bloqueio anestésico para a dor? Esta é uma técnica muito importante e utilizada na medicina da dor e que colabora significativamente com a melhora do paciente que sofre com dores crônicas, ajudando inclusive a redução das doses de medicações por via oral.

Consiste em colocar um anestésico em alguma região do corpo para interromper os impulsos que levam a dor ao sistema nervoso central, atuando na memória da dor, dessensibilizando a região afetada.

As dores são causadas por reflexos, distensões musculares, inflamações e infecções. O bloqueio anestésico age como um anti-inflamatório, uma anestesia que ameniza ou interrompe completamente a dor em determinada região do corpo.

O tratamento é realizado a partir de injeções locais em determinados nervos, músculos ou articulações, dependendo do tipo de dor apresentada. Utilizam em sua maioria, anestésicos locais, como a lidocaína ou corticoides em baixas doses. Uma vez indicados, podem ser realizados uma única vez ou em uma sequência de aplicações, dependendo do caso. E pode ser, associada ou não a corticoides, opioides e outros agentes.

São muitas as variedades de bloqueios. A maioria tem como alvo regiões específicas.  E cada paciente reage de maneira diferente ao tratamento, indicado não somente de acordo com as características da dor, mas também de acordo com perfil deste paciente para a aceitação do método.  Alguns utilizam ainda medicações, como analgésicos, antiinflamatórios, miorelaxantes e opióides; e métodos físicos, como fisioterapia, hidroterapia, RPG e pilates.

A ação dos bloqueios varia muito ainda conforme as patologias envolvidas. O efeito pode acabar dentro de horas ou semanas. Em alguns casos, dura muito mais.

Reações alérgicas aos anestésicos podem acontecer, mas são raras. O tratamento é pouco doloroso, muito menos que a própria dor. Ou seja, nada que seja pior que a doença deve ser indicado. O objetivo é a melhora.

Geralmente os bloqueios são realizados com auxilio de raio x ou ultrassonografia. A maioria dos médicos atua em uma área de aplicação bem específica, atingido determinado nervo de forma precisa e segura. Mas existem ainda aqueles que visam áreas mais amplas.

Existem diversos tipos de bloqueios. Dois deles, mais comuns são:

Bloqueio Diagnóstico

Esta técnica visa inicialmente localizar de maneira mais efetiva a dor e, desta maneira, definir o tratamento mais adequado e preciso.

Bloqueio Terapêutico

Usado como forma de tratamento, diminuindo ou eliminando o quadro doloroso, permitindo a reabilitação física e o tratamento multidisciplinar.

Estes bloqueios são sempre realizados com técnicas de imagem para guiar os procedimentos.

Desta maneira os procedimentos ganham mais eficácia e segurança, com controle total da localização.

Mas existem ainda outros tantos bloqueios, como o de nervo periférico ou outras regiões mais amplas, como bloqueio peridural, facetário e simpático, e bloqueio da articulação sacroilíaca.

 

 


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outubro 16, 2020 Geral2

Hoje é o dia do anestesista! Especialidade que escolhi há mais de 30 anos.

A paixão pelo tratamento da dor, começou dentro dessa especialidade, com a vivência que obtive ao longo do tempo.
A segurança dos procedimentos anestésicos aumentou muito nos últimos anos . O melhor preparo dos médicos, o melhor conhecimento das doenças, o melhor preparo dos pacientes, a instituição regular das consultas pré-anestésicas, drogas mais seguras e monitorização adequada no intra-operatório e no período pós-anestésico são considerados os principais fatores que contribuíram para a redução das complicações relacionadas às técnicas anestésicas.

O termo anestesia, de origem grega, quer dizer “sem sensibilidade”. É o estado de total ausência de dor durante uma cirurgia , exame ou curativo.
Inicialmente restrita ao momento da cirurgia, a atual Anestesia se caracteriza por seu caráter peri-operatório. O médico anestesista é hoje cada vez mais conhecido como médico perioperatório. A medicina perioperatória é o ramo da medicina que cuida dos doentes no entorno do ato operatório. Antes da operação, a medicina perioperatória se preocupa em preparar o doente de modo adequado para a anestesia e a operação propriamente dita. Durante a operação, a medicina perioperatória é responsável pela manutenção das condições de homeostase do doente e por impedir que ele sinta dor, estresse e os desconfortos da operação, monitorizando seus sinais vitais, infundindo soro e sangue quando necessário, mantendo a sua temperatura e cuidando de sua integridade, nunca esquecendo que essa integridade é primariamente invadida pelo próprio ato operatório. Após o término da operação, a medicina perioperatória se preocupa com o controle da dor, das náuseas e vômitos, da realimentação; enfim, da recuperação do paciente.

A primeira fase de atuação do anestesista como médico perioperatório é o preparo do doente para a anestesia, também conhecido como avaliação pré-anestésica. É muito importante para o médico anestesista ter conhecimento amplo do paciente, antes do procedimento anestésico-cirúrgico, através de uma criteriosa avaliação .Para atingir tal objetivo, atualmente muitos serviços contam com o Consultório de Anestesia para poder realizar avaliação criteriosa com antecedência, com o objetivo de: captar a confiança do paciente, determinar sua condição física, avaliar exames complementares, estimar o risco anestésico– cirúrgico, escolher a melhor medicação pré-anestésica e indicar a técnica anestésica mais adequada ao paciente e ao ato operatório.

Não é incomum o paciente relatar que seu temor não está relacionado com a cirurgia, mas sim com a anestesia .
Neste aspecto, é muito importante a atuação do anestesista para elucidar e solucionar as dúvidas do paciente , assegurando sua confiança e tornando a anestesia e a cirurgia menos preocupante .

Além de uma extensa interrogação, quando são investigadas as doenças pré-existentes, hábitos pessoais, cirurgias anteriores, possíveis alergias, medicações de que faz uso e a história de doenças familiares, deve ser realizado um exame físico minucioso do paciente e avaliação dos exames pré-operatórios que variam de acordo com o paciente e/ou cirurgia.

Este conjunto de ações favorecem um melhor planejamento anestésico, maximizando segurança e minimizando riscos.
Dessa forma considero um orgulho fazer parte desse contexto e ter o prazer de ser feliz com a escolha profissional que fiz e de ao longo desses anos poder me dedicar a essa especialidade .


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setembro 17, 2020 Geral0

A dor que afeta 7 em cada 10 pessoas.

Como andam as suas costas? A sua lombar, vai bem? Atire a primeira pedra quem nunca sentiu, pelo menos uma dorzinha na lombar. Para uns, um incomodo leve. Para outros, uma dor desesperadora. São as chamadas – e temíveis – crises de dor lombar, ou lombalgia, que afeta homens e mulheres, em todas as faixas etárias, mas é predominante nos adolescentes. Nos adultos, a faixa etária que mais sofre está entre os 35 e 55 anos.

É considerada a maior causa de incapacitação do mundo e o segundo motivo mais frequente de faltas no trabalho. Segundo a OMS, a Organização Mundial da Saúde, 7 em cada 10 pessoas vão sentir esse tipo de dor nas costas, em algum momento da vida.

É aquela dor em que é preciso, muitas vezes, correr para o pronto socorro em busca de alguma medicação que faça parar esse incômodo latejante e insistente.

Em muitos casos as pessoas se automedicam. Mas atenção! Desde 2017, a segunda mais importante associação de médicos dos Estados Unidos, o Colégio Americano de Médicos, desencoraja o uso de medicamentos como primeiro passo para o tratamento dessa dor nas costas. Isso, justamente porque muita gente abusa do uso das medicações. Analgésicos em excesso podem causar dependência.

Mas então o que fazer para aliviar esta dor? Insuportável, tantas vezes. É preciso, antes de tudo, saber a origem e claro, conhecer a anatomia da dor. A região lombar fica na parte inferior da coluna e é formada por vértebras que conectam o tórax, cintura e pernas. É essa estrutura que permite a maioria dos nossos movimentos.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico e as causas da dor lombar são estabelecidos a partir da avaliação clínica e a história do paciente durante a consulta. Além de exames complementares de imagem como raio-X, ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética, se preciso para uma avaliação mais detalhada.

CAUSAS

A dor geralmente é causada por uma lesão no músculo. E acontece, principalmente, por causa da má postura, sedentarismo, obesidade, posições erradas por longos períodos, execução errada de exercícios e esforço físico.

CLASSIFICAÇÃO DA DOR

As dores lombares são classificadas, de maneira geral, como agudas ou crônicas. A diferença é o tempo de duração. Ou como aguda, subaguda, crônica e recorrente. Os episódios agudos se resolvem geralmente dentro de 6 semanas na maioria dos casos. Mas de 2% a 7% das pessoas, a lombalgia evolui para crônica, quando a dor persiste por12 semanas ou mais. A subaguda PE quando a dor dura de 6 a 12 semanas. E a Recorrente quando um novo episódio de lombalgia aparece após um período assintomático.

Temos ainda a lombalgia crônica inespecífica, a mais comum, presente em 85% a 95% dos casos. Ela se caracteriza por sintomas na região lombar, sem irradiação.

Na hora de relatar a dor, é importante descrever em detalhes o que sente: as características da dor (fisgada, choque, latejamento etc.), local, duração, movimentos que a disparam e aliviam.

SINTOMAS

De um modo geral, a dor é o primeiro sintoma da lombalgia, como a:

  • Dor que se inicia de maneira súbita na região lombar, nádegas e pernas
  • Irradiação ocasional da dor para os glúteos e/ou coxas, até os joelhos;
  • A dor nas costas é pior que a das coxas;
  • A dor se agrava com o movimento, ao sentar-se, parar, levantar objetos ou inclinar-se; ou atividade física
  • A dor é aliviada com o repouso e calor;
  • Há antecedentes de fatores psicológicos e laborais estressantes;
  • Em alguns casos, existe antecedente de lesão mecânica ou história de trauma (com ou sem fratura)

TRATAMENTO

O principal objetivo do tratamento da dor lombar aguda é aliviar a dor, melhorar a habilidade funcional e prevenir recorrência e cronicidade. Para isso diversos recursos são utilizados, como analgésicos, anti-inflamatórios, corticoides e relaxantes musculares. Além de fisioterapia, massagens e outros tratamentos alternativos (RPG e Pilates, por exemplo) podem ajudar na prevenção e alívio de dores lombares. Raramente um caso de lombalgia irá precisar de cirurgia.

Massagens podem ser boas coadjuvantes quando a origem da lombalgia for muscular, mas não atuam no processo inflamatório, quando for essa a causa da dor.

Mas cuidado com os “tratamentos de farmácia.” Aquele creme de arnica que promete milagre, cintas ortopédicas, bolsas térmicas… Não existem evidências cientificas comprovando a completa eficácia desses recursos.

PREVENÇÃO

É possível prevenir essas dores:

  • Mantenha o peso sob controle;
  • Pratique exercícios de alongamento regularmente;
  • Faça 30 minutos de atividade aeróbica moderada (caminhada, bicicleta, hidroginástica) ao menos três vezes por semana;
  • Fortaleça os músculos do tronco com exercícios adequados ao seu nível de condicionamento;
  • Evite ficar muito tempo na mesma posição (sentado ou em pé); levante-se e movimente-se a cada hora;
  • Não fume;
  • Cuidado quando for levantar peso: você deve flexionar os joelhos, usar a força do abdômen e das coxas e manter o objeto próximo ao corpo. Nunca tente alcançar algo no chão descendo o tronco com as pernas estendidas;
  • Procure formas de administrar situações de estresse;
  • Prefira colchões firmes;

 

 

 

 


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setembro 17, 2020 Geral0

Você já ouviu falar sobre as doenças psicossomáticas ou dor psicosomática? Afinal, o que significa isso? As doenças psicossomáticas são causadas por problemas emocionais e atestam a ligação direta da saúde emocional e física.

Mas será mesmo que a nossa mente pode adoecer o nosso corpo? A resposta é sim. Um dano psicológico pode causar ou agravar uma doença física. O diagnóstico nestes casos não costuma ser simples.

Quando pensamos em pacientes com dor crônica, precisamos refletir sobre a dor psicossomática, aquela dor sem uma “causa” aparente mas que reforça o conceito de ligação “corpo – mente”. Já falamos aqui, aliás, sobre a máxima: mente sã, corpo são. Em muitos casos é assim mesmo que funciona. A conexão do corpo e mente é estreita.

Alterações psicológicas como angústia, ansiedade e depressão aumentam muito a chance de manter-se, por mais tempo, com dor. A dor nas costas, por exemplo. Para muitos, receber um diagnóstico de hérnia de disco é um “atestado de incapacidade”. Para outros com alterações psicológicas, a hérnia transforma-se no maior dos problemas da vida. O problema é visto de maneiras diferentes, alterando o processo da dor. Um processo, obviamente, não consciente, mas muito perigoso.

Todas as causas devem ser excluídas antes de um diagnostico de “dor psicossomática”, mas no caso de pacientes com doenças crônicas, o tema merece bastante atenção. Somatizar problemas emocionais pode ser mais comum do que se imagina.

Como saber se a dor pode ser psicossomática? Geralmente o paciente apresenta múltiplas queixas físicas, em diferentes locais do corpo e que não são explicadas por nenhuma outra doença ou alteração física. E os sintomas intensificam quando o indivíduo enfrenta situações de estresse e pressão emocional. O cérebro é responsável pela modulação da dor. Estímulos pequenos de dor podem chegar ao cérebro e gerar algum desconforto. Mas se estes mesmos estímulos chegam a um cérebro cheio de angustias, sobrecarregado de ansiedade e depressão, evidente que a sensação de dor será diferente, mais intensa.

Os sintomas podem ir de formigamento nas mãos e pés, tremedeira, dores de cabeça (intensas ou não), visão embaçada, tensão muscular, dor abdominal, e até algumas inflamações menores.

Fibromialgia, síndrome da fadiga crônica, cólon irritável, dor crônica nas costas… algumas destas doenças afetam muitas pessoas sem causas identificáveis. Nos EUA e Reino Unido, a cada duas pessoas que reclamam de dor, uma apresenta “sintomas medicamente não explicados”. Ou seja, remédio nenhum dá jeito! Os sintomas permanecem e as dúvidas também. No Reino Unido, uma em cada 10 pessoas acima dos 40 anos sofre de dor nos nervos, mas não sabe de onde a dor vem nem para onde vai.

Concluímos que a “dor inexplicável” é uma epidemia. Mas não desista dela! Saiba exatamente do que você sofre, mesmo que a cura esteja distante. Existe tratamento para aliviar sua “dor psicossomática.” Ela não “veio do nada”. Está aí por algum motivo. Descubra qual e cuide da sua mente, tentando afastar seus fantasmas. Medo, depressão, ansiedade… só vão te fazer sentir ainda mais dor. Cuide-se! E deixe um profissional especializado cuidar de você!


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setembro 17, 2020 Geral0

Assunto que já abordamos aqui e que, no fundo, muita gente sabe. Os benefícios da atividade física para qualquer pessoa. Movimentar o corpo, de maneira adequada e com orientação profissional, sempre é benéfico.

Para quem sofre com dores crônicas, ainda mais. Sim! Diferentemente do que muita gente acredita, os exercícios ajudam no controle da dor. Em alguns casos, essa prática pode, inclusive, fazer parte do tratamento.

Antigamente era recomendado que o paciente fizesse repouso.

Obviamente, quando a dor é aguda, repentina, advinda de um trauma ou cirurgia, ou mesmo durante uma crise, é fundamental o repouso, além dos demais tratamentos. Mas, como forma de prevenção, mexa-se! Seu corpo precisa disso, principalmente se você tem dor crônica. O repouso longo pode piorar o quadro. É o “sedentarismo que dói”. A dor de quem não se mexe existe e pode ser muito perigosa.

É compreensível que muitas pessoas que sofrem com dores na rotina tenham medo de praticar exercícios. Só que essa “inércia” só agrava o problema. É obvio, quer ver: Uma musculatura que não se mexe fica rígida, dolorida e tensionada. E compromete outros membros. Se a dor é no quadril, parece que o corpo todo dói, não é mesmo? Essa dor pode gerar desconforto nos ombros e até na cabeça. Um exemplo de como todo o nosso corpo é ligado e, portanto, como é importante movimentá-lo todo. O famoso “da cabeça aos pés”.

Sem falar que, atividade física melhora o humor e consequentemente a saúde de maneira geral.

A atividade física, além de controlar o peso, oferece mais energia e sono reparador às pessoas. E evita outros “sintomas” da dor crônica: fadiga, ansiedade e depressão.

O movimento orientado restabelece o equilíbrio articular, lubrifica as juntas e fortalece a musculatura. Ou seja, trata, cuida e previne as dores.

“Ah, mas eu faço exercício e sinto dor.” No início isso é normal. A dor oesteomuscular pode surgir e atrapalhar a persistência do paciente. Mas não desista. Alguns dias depois de atividade regular e seu corpo já estará mais habituado. Claro, com orientação e avaliando todo o quadro. Romper o sedentarismo de maneira correta, na intensidade adequada: começando aos poucos e evoluindo. Também não fique no primeiro degrau, se você puder (e tiver orientação para) subir outro. Fortaleça seu corpo, mas respeite-o. Todos temos nossa zona de conforto (que deve ser quebrada) e nossos limites (que devem ser repeitados).

Façamos o que deve ser feito. Sem adiar. Não há como fugir. Para uma vida mais saudável, é preciso se manter ativo. Ficar parado é pior. E diversas pesquisas mostram isso.

“Mas qual atividade praticar?” Lembre-se: qualidade do movimento. Uma caminhada, que tal? Melhora a postura, a respiração, a força e a flexibilidade… e claro, reduz a dor. É lógico!

Pilates, esportes aquáticos também são boas opções. Alongue-se. Pratique sua atividade com segurança e orientação. Cuide da intensidade. E principalmente: tenha constância. 30 minutos todos os dias. Faça um compromisso com você.

A dor persistindo, informe seu médico.

 

 


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setembro 9, 2020 Geral0

“Será que é ansiedade ou depressão?” Este é o questionamento de muita gente. Como reconhecer cada uma? É fácil confundir os dois transtornos, mas é essencial aprender a distingui-los. Sintomas, causas e tratamentos. Aliás, o diagnóstico correto é fundamental para o tratamento adequado.

São os transtornos que mais afetam a saúde mental das pessoas em todo o mundo e, apesar de diferentes, podem andar juntos. É possível que uma pessoa sofra com as duas condições ao mesmo tempo.

Imagine só… depressão e ansiedade ao mesmo tempo. Inquietação, cansaço, tristeza, falta de concentração, pensamento agitado… estes são alguns dos sintomas que ambos os transtornos apresentam. Por isso é tão difícil distingui-los. Mas é possível e preciso.

Então vamos às diferenças:

Ansiedade

A ansiedade é a preocupação excessiva diante de determinada situação que ainda nem aconteceu. É o medo do futuro. Uma inquietação intensa, que pode ser momentânea ou prolongar-se, às vezes sem causa aparente. Ela pode se manifestar através de sintomas físicos e psicológicos, como:

Ataques de pânico, ansiedade social, fobias, stress pós traumático, fadiga, insônia, inquietação, tensão muscular e dores físicas, dores de cabeça, suor excessivo, tonturas, problemas digestivos, batimentos cardíacos acelerados, falta de ar, medo ou pânico, boca seca, náusea, entre outros.

Sintomas que também podem indicar a presença de outras doenças, por tanto, busque ajuda de um profissional caso tenha essas manifestações por longos períodos.

Depressão e ansiedade apresentam sintomas que afetam o humor e as emoções. E sabemos que quadros de ansiedade tendem a evoluir para a depressão. Ou seja, a depressão é ainda pior. Ambos comprometem nossa qualidade de vida, mas podemos dizer que a depressão é a “ansiedade potencializada”.

Uma das principais diferenças entre depressão e ansiedade, é que o primeiro se refere a um único transtorno. O segundo engloba várias condições. A ansiedade é um conjunto de transtornos.

Depressão

A depressão é uma doença que apresenta uma variedade de sintomas e pode se manifestar de diversas maneiras, crônica ou aguda.

De acordo com dados coletados e divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 6% dos brasileiros sofrem com quadros depressivos. Somos o país com o maior índice da doença em toda América Latina. Com a ansiedade não é diferente, o Brasil é recordista mundial – 9,3% da população é atingida pelo transtorno.

Quadros de estresse costumam ser o gatilho para a ansiedade e consequentemente para a depressão. Por isso, cuidado! Cuidado na essência da palavra: Cuide de você!

Uma pessoa estressada que não se cuida desenvolve uma ansiedade que pode evoluir para a depressão. Estima-se que em 24% dos casos isso acontece e não o oposto. A ansiedade precede e depressão.

A tristeza, o cansaço existem para qualquer pessoa. O problema está em quando estes sintomas se prolongam e se torna um problema crônico, incapacitando a pessoa.

Portanto, cuide dos menores sintomas. Um stress aqui, uma inquietação ali, e pronto. O corpo e a mente estão sobrecarregados. Muitas vezes é o que basta para desencadear uma série de transtornos.

Os sintomas da depressão são muito parecidos com os da ansiedade, não se engane. Mas a depressão tende a provocar menos sintomas físicos. Alguns podem sobressair: mudanças no apetite e no sono, problemas de memória, pensamentos acelerados, aperto no peito, medo, irritação, choro repentino, angústia, ausência de prazer, baixa autoestima e sentimentos de culpa, variações abruptas de peso e falta de esperança para planejar o futuro.

A depressão pode ainda surgir após eventos emocionalmente traumáticos, como a morte de um ente querido ou a perda de um emprego.

As mulheres, assim como quem tem excesso de peso, baixa autoestima, vítimas de violência ou de outros acontecimentos perturbadores, têm também uma maior predisposição para desenvolver depressão. No entanto, esta também pode surgir sem motivo aparente ou no decorrer de um problema prévio de ansiedade.

Tratamento

O que fazer diante destes quadros? Procure ajuda de um especialista. Depressão e ansiedade são tratadas com terapia e medicamentos, com um trabalho multidisciplinar.

Não hesite em procurar auxílio. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, mais rápido você pode recuperar a qualidade de vida emocional e física.

Leia também: A Incidência de depressão é maior em pacientes com dores crônicas

Setembro Amarelo

Se você se identificou com algum dos sintomas citados, procure ajuda. Transtornos como ansiedade e depressão, quando não tratados, podem levar ao suicídio. O problema é de saúde publica e precisa ser abordado. A campanha do Setembro amarelo propõe justamente este dialogo sobre o assunto.

Se você tem sofre com depressão ou ansiedade, você não está sozinho.

O CVV é uma das ONGs mais antigas do país e atua no apoio emocional e na prevenção ao suicídio pelo telefone 188, também por chat, e-mail ou pessoalmente.


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agosto 30, 2020 Geral0

A dor crônica é uma das condições mais comuns em pacientes idosos. Pessoas com mais de 60 anos geralmente se queixam de mais dor devido a diversos fatores, entre eles: mobilidade reduzida, quedas, baixa imunidade, comprometimento do sono, ansiedade, depressão, obesidade, lesões, etc.

As taxas de prevalência de dor tendem a aumentar à medida que envelhecemos. Faz parte. Nosso corpo envelhece e nem sempre é capaz de resistir a dor como antes. Mas a dor em pacientes idosos ocorre com maior frequência naqueles que possuem outras comorbidades.

Já abordamos o conceito de dor crônica, mas é sempre bom relembrar. Dor crônica é aquela que persiste além do tempo esperado e pode ou não estar associada a uma causa identificada. Esse tipo de dor também é comum em estágios avançados de algumas doenças.

Na vida adulta isso é um problema mundial. E neste momento, nossos olhos e cuidados estão ainda mais voltados para os idosos, que fazem parte do gripo de risco para o novo Coronavirus.

O diagnóstico específico é fundamental para a seleção do tratamento. O desafio é tratar causa e sintoma.

 

VEJA TAMBÉM

+ Dor crônica Pós Covid
+ Dor crônica e Terapia Cognitivo – comportamental

 

Diversos elementos são analisados, como por exemplo: o impacto da dor no dia a dia ou no sono, o histórico de doenças e medicações, a “sensação” da dor, quando ela surge, por quanto tempo permanece, e claro, os aspectos familiares. A dor crônica nestes pacientes afeta diretamente a família e os cuidadores. Por isso é tão importante as intervenções terapêuticas envolvendo a família. Alguns estudos indicam que a participação de pessoas próximas ao paciente auxilia no tratamento e reduz drasticamente os níveis de dor em muitos casos.

Exames físicos, de imagem e neurológicos podem ser realizados. Em alguns casos, a dor vem acompanhada de fraqueza. É preciso distinguir a fraqueza induzida pela dor da fraqueza motora.

Precisamos falar ainda sobre o uso das medicações. A combinação de medicamentos geralmente resulta em maior eficácia analgésica, do que em um único remédio com dose alta. O paracetamol se destaca. É o preferido para pacientes idosos com dor leve ou moderada. Mas é preciso respeitar a dose máxima recomendada.

Na sequência, temos ainda outros analgésicos , relaxantes musculares opioides, entre outros.

Sem esquecer a relevância das intervenções psicológicas, como a Terapia Cognitiva Comportamental e os Programas de autogestão; e das Abordagens de reabilitação e Exercícios para pacientes idosos com dor crônica.  Tudo caminha junto. É um tratamento multidisciplinar.


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agosto 30, 2020 Geral0

Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, 55% das pessoas vivem com dores musculares. Essas lesões e dores acabam por limitar a vida dos pacientes.

Na maioria dos casos, a fisioterapia pode ser parte da solução e trazer qualidade de vida para o paciente com dor crônica.  Ela é fundamental e faz parte do tratamento. Mas precisa ser personalizada. O plano é feito após uma avaliação física detalhada para identificar quais os efeitos da dor na vida do paciente.

A fisioterapia nestes casos inclui tratamentos passivos e ativos. Tratamentos passivos ajudam a relaxar o corpo e não há necessidade de participação ativa do paciente. São as massagens relaxantes, terapias quentes e frias, estimulação elétrica nervos, ultra-som, entre outras.

Geralmente são realizadas em conjunto com terapias ativas, exercícios terapêuticos que melhoram e estimulam a flexibilidade, força, estabilidade e amplitude dos movimentos.

Destaco aqui alguns destes recursos na fisioterapia, como por exemplo, o TENS portátil, uma estimulação elétrica nervosa transcutânea. A máquina de TENS estimula os músculos através de intensidades variáveis de corrente elétrica. Ele ajuda a reduzir os espasmos musculares e pode aumentar a produção de endorfinas no corpo, analgésicos naturais.

O ultra-som, como citado anteriormente, também pode ser muito eficaz no tratamento para a dor crônica. Ele é responsável por aumentar a circulação sanguínea, e ajuda a reduzir espasmos musculares, cãibras, inchaço, rigidez e dor através de ondas sonoras profundas para os tecidos musculares, criando um calor suave que melhora a circulação e a recuperação do paciente.

Temos ainda como destaque a terapia com frio, chamada crioterapia, que diminui a circulação, ajudando a reduzir a inflamação, espasmos musculares e dor. Num tratamento em casa, uma simples bolsa de gelo sobre a região com dor pode ajudar. Feito isso é importante alongar os músculos afetados.

Sempre com orientação profissional e com a personalização do tratamento. Permanecer-se ativo é fundamental, através da fisioterapia e também de atividades físicas indicadas pelo profissional.

Por ora, melhore sua postura e inclua alguns princípios ergonômicos nas suas atividades diárias. Pequenos cuidados e bons hábitos que fazem a diferença.

 


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setembro 24, 2019 Geral1

Pacientes que possuem algum tipo de dor crônica costumam sofrer por meses ou até anos. E, infelizmente, cerca de 30% da população possui esse problema.

Em minha experiência clínica, consegui perceber que muitos dos meus pacientes apresentam melhoras significativas quando aliam a ida ao médico a outras possibilidades de intervenção.

Assim, eu indico bastante uma abordagem multidisciplinar. Uma das áreas que têm sido fundamental nesse processo, é a psicologia. E é sobre isso que eu quero falar hoje com você.

Boa leitura!

O que a psicologia pode fazer pela dor crônica?

A dor crônica pode trazer diversas consequências psicossociais. Isso acontece porque os doentes crônicos deixam de realizar várias de suas atividades, por fatores físicos e emocionais. Assim, eles passam a não ter, inclusive, uma vida social ativa.

É necessário proporcionar ao paciente suporte para o sofrimento e auxiliar no entendimento da sua condição, criando novas possibilidades de enfrentamento. Isso facilita a adesão ao tratamento.
Dessa forma, é muito importante que esse paciente conte com um psicólogo. Digo isso, pois este profissional é capaz de entender os conflitos enfrentados pelo paciente por conta da sua patologia e ajuda – lo a encontrar força intrínseca para passar por esse momento .

A função do psicólogo é ajudar o paciente, encorajando-o a enxergar e a entender que existem novas possibilidades de enfrentamento.

O sofrimento é vivido de maneiras diferentes e individuais. Cada pessoa vai lidar com essa experiência de uma maneira. Algumas pessoas se desesperam e é natural. Outras tentam retirar do sofrimento lições que irão levar ao crescimento e mudam completamente a forma de enxergar a vida.

Alguns pacientes entram em estágio de regressão e assumem uma postura mais infantil frente a doença. Outros, passam pela negação e não reconhecem a enfermidade, enganando a si mesmo e as pessoas ao redor. Tem pessoas que investigam os aspectos da doença, a fim de se aprofundar e buscar soluções e formas de apoio.

Independentemente da forma como você reage à dor crônica, ela produz muitos conflitos emocionais. A psicologia vai vivenciar esses conflitos que envolvem a condição do adoecimento (falamos sobre dor total nesse post) assim como os estágios emocionais da enfermidade. Assim, o psicólogo que trabalha com pacientes com dor crônica, tem como objetivo resgatar a essência de vida que muitas vezes foi perdida por conta da doença.

Espero que esse artigo tenha ajudado você a entender o que a psicologia pode fazer por quem está passando por um momento de dor com todos os seus desafios e assim possa estimular essas pessoas a aderirem a um acompanhamento multidisciplinar.

Caso tenha ficado com alguma dúvida, sinta-se à vontade para deixar seu comentário ou sua dúvida aqui no blog ou em minhas redes sociais. Além disso, caso queira enviar sugestões de temas relacionados à dor crônica, elas serão muito bem vindas! Vai ser um prazer enorme te ver envolvido na construção desse canal de comunicação .





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