A dor crônica é uma das condições mais comuns em pacientes idosos. Pessoas com mais de 60 anos geralmente se queixam de mais dor devido a diversos fatores, entre eles: mobilidade reduzida, quedas, baixa imunidade, comprometimento do sono, ansiedade, depressão, obesidade, lesões, etc.
As taxas de prevalência de dor tendem a aumentar à medida que envelhecemos. Faz parte. Nosso corpo envelhece e nem sempre é capaz de resistir a dor como antes. Mas a dor em pacientes idosos ocorre com maior frequência naqueles que possuem outras comorbidades.
Já abordamos o conceito de dor crônica, mas é sempre bom relembrar. Dor crônica é aquela que persiste além do tempo esperado e pode ou não estar associada a uma causa identificada. Esse tipo de dor também é comum em estágios avançados de algumas doenças.
Na vida adulta isso é um problema mundial. E neste momento, nossos olhos e cuidados estão ainda mais voltados para os idosos, que fazem parte do gripo de risco para o novo Coronavirus.
O diagnóstico específico é fundamental para a seleção do tratamento. O desafio é tratar causa e sintoma.
VEJA TAMBÉM
+ Dor crônica Pós Covid
+ Dor crônica e Terapia Cognitivo – comportamental
Diversos elementos são analisados, como por exemplo: o impacto da dor no dia a dia ou no sono, o histórico de doenças e medicações, a “sensação” da dor, quando ela surge, por quanto tempo permanece, e claro, os aspectos familiares. A dor crônica nestes pacientes afeta diretamente a família e os cuidadores. Por isso é tão importante as intervenções terapêuticas envolvendo a família. Alguns estudos indicam que a participação de pessoas próximas ao paciente auxilia no tratamento e reduz drasticamente os níveis de dor em muitos casos.
Exames físicos, de imagem e neurológicos podem ser realizados. Em alguns casos, a dor vem acompanhada de fraqueza. É preciso distinguir a fraqueza induzida pela dor da fraqueza motora.
Precisamos falar ainda sobre o uso das medicações. A combinação de medicamentos geralmente resulta em maior eficácia analgésica, do que em um único remédio com dose alta. O paracetamol se destaca. É o preferido para pacientes idosos com dor leve ou moderada. Mas é preciso respeitar a dose máxima recomendada.
Na sequência, temos ainda outros analgésicos , relaxantes musculares opioides, entre outros.
Sem esquecer a relevância das intervenções psicológicas, como a Terapia Cognitiva Comportamental e os Programas de autogestão; e das Abordagens de reabilitação e Exercícios para pacientes idosos com dor crônica. Tudo caminha junto. É um tratamento multidisciplinar.