Quantas poesias ou canções podemos lembrar que falam sobre “a dor e o amor”? Inúmeras. As músicas sertanejas então… Mas geralmente elas estão relacionadas à “sofrência”, a dor quase física causada por aquele amor não correspondido. E dói mesmo. Mas uma pesquisa descobriu que acontece justamente o contrário: O amor começa onde a dor termina. Isso mesmo, o amor alivia a dor. O amor apaixonado, diz o estudo, tem o mesmo efeito de um analgésico.
Segundo pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, pessoas numa fase apaixonada do amor têm alterações significativas no humor que afetam a experiência da dor. Apaixonar-se faz com que o corpo libere diversas substâncias químicas. Os níveis de dopamina e adrenalina, por exemplo, aumentam quando duas pessoas se apaixonam. Portanto, sentimentos intensos e apaixonados de amor podem oferecer “um incrível efeito analgésico”, semelhante ao dos medicamentos.
Exames de imagem cerebrais revelaram que muitas das áreas do cérebro normalmente envolvidas com a resposta à dor também são ativadas com pensamentos amorosos. Quando nos apaixonamos, o fluxo sanguíneo aumenta no cérebro. São sistemas antigos e muito profundos que envolvem dopamina – um neurotransmissor primário que influencia o humor, a recompensa e a motivação.
No estudo, quinze indivíduos nos primeiros nove meses de relacionamento, foram examinados. Os participantes precisaram cumprir tarefas em períodos de dor. Foi pedido a cada um que levasse uma foto de seu parceiro e fotografias de alguém a quem consideravam um conhecido muito atraente. Ao se submeterem aos exames cerebrais, eles viam as imagens e ao mesmo tempo uma almofadinha controlada por computador colocada na palma da mão causava dor leve.
Os cientistas descobriram que ao ver a imagem da pessoa amada, os estudantes tinham uma percepção muito mais reduzida da dor do que quando olhavam a imagem do conhecido atraente.
Obviamente existem ressalvas. O estudo é preliminar e será preciso mais pesquisas para compreender se o mesmo efeito em curto prazo pode surgir em longo prazo. Os pesquisadores esperam ainda que as novas descobertas colaborem para o desenvolvimento de novos métodos para aliviar a dor.
Mas é de se animar saber que o amor intenso, na sua primeira fase, alivia significativamente as dores.
Agora, se o amor alivia a dor, adeus remédios? Não! Não faça isso! Não substitua analgésicos por um caso de amor apaixonado! O mundo ideal seria este: amar e acabar com as dores. O mundo real ainda exige os cuidados médicos e remédios. Bom mesmo seria aliar medicamentos a um bom amor apaixonado. Não custa tentar. Fica a dica: abra o coração. Dores emocionais e físicas podem ser amenizadas.