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agosto 28, 2019 Dores0

Lidar com um parente ou amigo com dor crônica não é tão simples quanto algumas pessoas pensam. Já atendi muitos pacientes que reclamam por serem incompreendidos e, por isso, acabam sendo tratados de forma diferente, o que impacta diretamente no quadro clínico e emocional.

Muitas vezes isso acontece porque, segundo a crença popular, tomar remédios é capaz de aliviar uma dor rapidamente. No entanto, quando o assunto é dor crônica, isso não é verdade.

Diferente do que acontece com outras patologias, uma dor crônica está sempre ali, sendo difícil de ser esquecida. Ela jamais passa despercebida. Esse tipo de dor não afeta a aparência física do paciente, mas é capaz de mudar o funcionamento do corpo como um todo.

Porém, observando os estudos de caso dos meus mais de 30 anos de experiência tratando dores, percebo que o apoio de amigos e familiares é fundamental para o sucesso do tratamento, assim como para os aspectos emocionais do paciente.

Pensando nisso, hoje vou falar um pouco sobre a importância e como lidar com pessoas que sofrem com esse tipo de dor.

Boa leitura!

O que é dor crônica?

A dor crônica é aquela que surge e persiste por um período superior a 3 meses. Ela pode ser causada por diversos fatores, como é o caso das doenças primárias (fibromialgia, dor neuropática), lesões (ligamento rompido, hérnia de disco), doenças crônicas (artrite, câncer).

Nesse texto expliquei de forma mais detalhada como o cérebro de quem possui dor crônica lida com os estímulos de dor. Se o seu objetivo é entender melhor como lidar com um parente ou amigo com dor crônica, é fundamental que você entenda esses mecanismo. Sugiro a leitura!

Como lidar com um parente ou amigo com dor crônica?

A origem de algumas dores não é diagnosticada muito facilmente. Em meu consultório, já presenciei casos em que foram necessários diversos exames para tal, além de muita sensibilidade e atenção à aspectos psicológicos e sociais do paciente.

Além disso, o tratamento de dores crônicas é bastante complexo, envolvendo o uso de remédios cotidianos, como analgésicos, e outras práticas complementares.

Assim, eu sempre digo que é muito importante saber lidar com um parente ou amigo com dor crônica. Dessa maneira, tanto a família quanto o paciente acabam conseguindo viver em harmonia, o que também influencia positivamente o tratamento.

Confira agora as melhores dicas para saber como agir nesse momento:

Conheça o código

Existe uma escala que é usada com o objetivo de medir a intensidade de uma dor. Assim, fica muito mais fácil que pessoas que trabalham na área da saúde vejam se o tratamento escolhido está sendo realmente eficaz.

Por conta disso, existe uma escala que vai do número 1 ao número 10, a fim de descrever os níveis de dor. O 1 significa que o paciente está sem dor. Já o 10, caracteriza a pior dor que pessoa já sentiu na vida.

Porém, é importante que você não ache que o doente crônico está sem dores apenas porque afirmou estar bem. Digo isso, pois já presenciei diversos casos onde pacientes escondiam suas dores por medo de incompreensão.

Tenha empatia, dor crônica não é mimimi

Como expliquei no texto anterior sobre a dor crônica, quando os sinais de dor são gerados de forma contínua, é causada uma espécie de “memória dolorosa” no nosso cérebro, decorrente de alterações eletroquímicas nos nossos circuitos neurológicos. Isso nos torna hipersensíveis aos estímulos da dor e mais resistentes aos mecanismos de inibição dela.

Por isso, não julgue a dor do seu amigo ou parente comparando com a forma como você reage a dor e a doenças na sua vida. Vocês são pessoas diferentes, com histórias diferentes, corpos diferentes e que respondem de formas diferentes à dor. Essa dica talvez seja a mais valiosa!

Não demonstre pena, mas respeito

Você gostaria que sentissem pena de você? Ninguém gosta de perceber esse sentimento. Nem o sentimento de estar incomodando.

É importante demonstrar respeito pela dor do outro, mas não pena. Pelo contrário! Enaltecer a coragem e os aspectos positivos do seu amigo ou parente vai dar força e uma nova perspectiva sobre essa fase que ele está vivendo.

Reconheça os mecanismos de enfrentamento

Pessoas que sofrem de dores crônicas costumam sofrer diariamente por conta de sua dor. Diferentemente do que acontece quando alguém fica gripado, sente-se mal, mas em poucos dias já está recuperado.

Assim, os pacientes que possuem algum tipo de dor crônica costumam a adotar um mecanismo de enfrentamento. Ou seja, eles acabam escondendo o grau real da dor que estão sentindo.

Então, recomendo que você preste atenção no comportamento do seu amigo ou parente, mostrando que o entende e que está ali para ajudá-lo.

Respeite as limitações físicas

Em muitas doenças, é completamente normal e esperado que existam sintomas aparentes, como febre, tosse ou paralisia, por exemplo.

Porém, quando o assunto é dor crônica, não tem como saber se o paciente consegue realizar algum tipo de movimento, por exemplo. Além disso, em alguns casos, não é possível ler qual é a expressão facial ou corporal de quem possui esse tipo de dor.

Assim, além de terem os movimentos limitados, pessoas com dores crônicas também podem sentir dificuldade para andar, sentar e se concentrar, por exemplo. Demonstre compaixão, compreensão, além de ser muito paciente nesses momentos.

Espero que esse artigo tenha mudado a sua visão sobre como lidar com um parente ou amigo com dor crônica.

Caso tenha ficado com alguma dúvida, sinta-se à vontade para deixar seu comentário aqui no blog ou em minhas redes sociais. Além disso, caso queira enviar sugestões de temas relacionados à dor crônica, elas serão muito bem vindas! Vai ser um prazer enorme te ajudar!

 

 


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agosto 20, 2019 Dores1

Mais de um terço da população possui algum tipo de dor crônica. Seus sintomas costumam aparecer conforme as pessoas vão envelhecendo e, muitas vezes, são incapacitantes.

A dor crônica ainda é um grande desafio para a medicina, tendo em vista que existem diversos fatores que, juntos, influenciam no seu aparecimento e na sua permanência.

Os meus mais de 30 anos de atuação na área médica exercendo anestesiologia e clinica de dor , fez com que eu presenciasse as dores de diversos pacientes. Por conta disso, tenho atuado cada vez mais na disseminação do alívio da dor e da melhoria da qualidade de vida das pessoas.

Esse espaço foi criado para trocarmos experiências e para que eu possa, de alguma forma, contribuir para o alívio da dor além do consultório, com informação.
Vamos começar a falar um pouco sobre a dor crônica para você, dos principais tipos e ações necessárias para a sua compreensão e alívio .

Boa leitura!

O que é dor?

A dor é um dos mecanismo de defesa mais importantes do nosso organismo . Uma bebê que nasce sem esse mecanismo tem uma grande dificuldade de viver até a fase adulta . Sentir dor é imprescindível para que você saiba que tem algo de errado com o seu corpo, a fim de tratá-lo e mantê-lo são.
O corpo humano possui receptores sensoriais da dor, que podem detectar pressão, calor e fatores químicos. A dor acontece quando um destes receptores é ativado. Isso gera um estímulo doloroso que é conduzido para a medula espinhal por meio das fibras nervosas.

Dor crônica

A dor crônica nada mais é do que aquela que se mantém por um período maior do que 3 meses .
Normalmente, o seu surgimento pode ser associado à alguma doença crônica, como é o caso da artrose, artrite reumatóide ou diabetes por exemplo. A presença dessas condições podem causar uma dor tão intensa, que passam a ser consideradas como doenças.
Além disso, diferente do que algumas pessoas pensam, não é correto caracterizar uma dor crônica como sendo um prolongamento da dor aguda. Quando os sinais de dor são gerados de forma contínua, é causada uma espécie de “memória dolorosa” no nosso cérebro, decorrente de alterações eletroquímicas nos nossos circuitos neurológicos. Isso nos torna hipersensíveis aos estímulos da dor e mais resistentes aos mecanismos de inibição dela.

Tipos de dor crônica

A dor crônica pode surgir em diversos locais do seu corpo. Assim, é fundamental que o médico identifique corretamente o seu tipo de dor, a fim de determinar qual é o melhor tratamento para ela. Não é um diagnóstico simples!
É imprescindível fazer a análise de forma globalizada, avaliando os aspectos físicos do paciente, sociais, emocionais e tudo o que pode estar associado à dor.

Hoje, vou apresentar a vocês alguns tipos de dor que é comum no meu consultório:

Dor nociceptiva ou somática

A dor crônica somática ou nociceptiva é aquela proveniente da inflamação ou da lesão dos tecidos da pele. Com isso, os sensores nervosos detectam que a presença dessa condição, respondendo em forma de dor até que o problema seja resolvido.

Existem algumas causas possíveis para esse tipo de dor, que são:
• Contraturas musculares;
• Pancada;
• Infecção;
• Queimadura;
• Fratura;
• Corte;
• Tendinite;
• Entorse.

Dor neuropática

A dor neuropática é originada na medula, no cérebro ou nos nervos periféricos, por conta de uma disfunção do sistema nervoso.

Assim, o principal sintoma dessa condição é a sensação de formigamento, agulhada ou queimação. Ela pode ser causada por diversos fatores, como é o caso da neuralgia do trigêmeo, neuropatia diabética, síndrome do túnel do carpo, estreitamento do canal medular, além de neuropatias causadas por substâncias tóxicas, infecciosas ou genéticas, por exemplo.

Dor mista ou inespecífica

Esse tipo de dor crônica acontece por conta de causas desconhecidas ou pela ação de componentes da dor neuropática ou somática.

Ou seja, ela é decorrente de hérnia de disco, vasculite, dores de cabeça, osteoporose ou câncer, por exemplo.

 O que fazer ao identificar uma dor crônica?

Ao identificar a presença de uma dor crônica, é necessário que você procure um médico especializado no tratamento da dor. Digo isso, pois o tratamento desse tipo de dor é complexo, e normalmente envolve a necessidade de métodos que vão além do uso de um anti-inflamatórios ou analgésico comuns por exemplo.

A causa de algumas dores podem não ser de fácil solução. Porém a dor sempre pode ser tratada. Espero que esse conteúdo tenha te ajudado de alguma forma, e em breve virão novos textos, aprofundando todos os aspectos que envolvem a dor. Fique à vontade para deixar seu comentário ou sua dúvida aqui no blog ou em minhas redes sociais, e para enviar sugestões de temas relacionados a dor crônica que você tenha interesse em obter mais informações. Vai ser um prazer te ajudar!





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